Área de identificação
tipo de entidade
Pessoa
Forma autorizada do nome
Juliano Moreira
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) do nome
identificadores para entidades coletivas
área de descrição
datas de existência
1873-1933
história
Nasceu em Salvador, no Estado da Bahia, em 6 de janeiro de 1873, filho de Manoel do Carmo Moreira Junior, português, e de Galdina Joaquim do Amaral. Doutorou-se muito jovem pela Faculdade de Medicina da Bahia, 1891, com a tese intitulada “Sífilis Maligna Precoce”. Mais tarde, foi professor de Clínica Médica desta mesma faculdade. Com Pacheco Mendes, Nina Rodrigues, Alfredo Brito e outros, fundou a Sociedade de Medicina e Cirurgia, bem como a Sociedade de Medicina Legal, da Bahia. Além de psiquiatra foi tropicalista, tendo efetuado vários trabalhos sobre o “gundu” (bouba terciária), a leishmaniose tegumentar, lepra e micetomas. Em 1903, recebeu o convite, no Rio, o Hospício Nacional de Alienados. O Hospício torna-se o grande centro de assistência, pesquisa e formação de psiquiatras, Por sua iniciativa foram fundadas as Colônias de Engenho de Dentro e de Jacarepaguá, as Sociedades de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal, bem como inaugurado o Manicômio Judiciário. Ainda em 1903 foi promulgada a lei de assistência aos alienados. Nela amparado, promoveu importante obra de reforma e aparelhamento no hospital sob sua direção e aprimorou a Assistência a Psicopatas, instituição pública de que foi diretor-geral por 28 anos. Considerado como o fundador da psiquiatria científica no Brasil, escreveu e publicou mais de cem títulos, entre trabalhos científicos e de outra natureza, destacando-se “Assistência aos alienados no Brasil” (1906), “Les maladies mentales au Brésil” (1907) e “A evolução da medicina brasileira” (1908). Fundou, em colaboração com outros médicos, os periódicos “Arquivos brasileiros de psiquiatria, neurologia e medicina legal (1905), “Arquivos brasileiros de medicina” (1911) e “Arquivos do Manicômio Judiciário do Rio de Janeiro” (1930). Foi, ainda, colaborador do periódico “Brasil Médico” e da “Revista Médico-Cirúrgica do Brasil”. Foi fundador da Academia Brasileira de Ciências, em 1917. Morreu na cidade de Petrópolis, no dia 2 de maio de 1933.